Em minha viagem recente ao Japão, vivi uma oportunidade única, incrível e memorável de conhecer um restaurante verdadeiramente tradicional japonês. Convidada pelo meu tio paterno Masanori (cujo o bom gosto pela boa culinária extrapola a severidade e beira a austeridade) fomos a um restaurante localizado na cidade de Iizuka (Fukuoka), cidade natal de meus pais.
Já na entrada fomos recepcionados por uma senhora sorridente e gentil impecavelmente vestida de Quimono. Na sala, adornada de forma minimalista com uma mesa comprida no tatame, fomos servidos de saquê e chá gelado de Muggi (meu predileto).
A cada prato servido, a senhora de quimono o apresentava com gestos tão belos e delicados que chega a ser difícil ilustrar.
Meu tio nos ensinou que a culinária japonesa deve ser apreciada em fases, bem devagar, alternando sabores quentes e frios. Ao todo saboreamos 8 pratos fantásticos, os melhores que já experimentei na minha vida. Ah, e como eram belos...deixaria a cuisine internacional no chinelo.
Eu falhei em apenas uma coisa: esqueci de perguntar o nome do restaurante ao meu tio. É a única coisa do qual me lamento sobre aquela noite. Do resto, guardarei na minha memória para sempre.
filé de peixe grelhado na brasa com pimentão, quiabo, salmão e castanha portuguesa assada |
Caldo de frutos do mar, alga e cogumelos |
Gratinado de carne de siri com cebolas adocicadas e creme leve. |